segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Encerrada a temporada regular da WNBA, qual a análise do desempenho das brasileiras?

Playoff Schedule Set

Terminou no último domingo (17/08) a temporada regular da WNBA. O Atlanta Dream, de Erika e Nádia, terminou na primeira posição da Conferência Leste. O Minnesota Lynx, de Damiris, ficou em segundo lugar na Conferência Oeste. 

Os playoffs começam no dia 21 de agosto e vão até o dia 26 na disputa das semifinais. As finais de conferência serão do dia 29 de agosto até 03 de setembro e o título será decidido a partir do dia 7 de setembro. No início dos playoffs, o Atlanta enfrentará a equipe do Chicago Sky, onde jogam Sylvia Fowles e Elena Delle Donne. Já o Minnesota encara a equipe do San Antonio Stars.

Se as duas equipes das brasileiras chegarem até a grande final, como aconteceu em 2013, elas deverão se apresentar à seleção feminina a partir do dia 10 de setembro. Caso sejam eliminadas antes, chegam mais cedo. O Brasil estreia no Mundial da Turquia, no dia 27 de setembro, enfrentando a República Tcheca.

Análise das brasileiras na temporada 2014 da WNBA:

nadia érika damiris (Foto: Montagem/ GloboEsporte.com)

Erika iniciou 2014 de maneira espetacular. Sustentou médias de 18 pontos e 10 rebotes por várias rodadas, chegando ao quarto lugar na disputa do título de MVP da temporada regular. Por duas rodadas ocupou o incrível posto de atleta com melhor média em eficiência da competição. Por conta de tudo isso foi titular no All Star Game pela primeira vez na carreira.

Do meio para o final da temporada, a veterana brasileira caiu de produção. Para se ter uma ideia do quanto, Erika teve 15 pontos ou mais nas primeiras dez rodadas da temporada, inclusive registrou seu recorde da carreira, com 27 pontos na sétima rodada. No final do mês de julho, ela ficou seis rodadas sem atingir a marca de 10 pontos por jogo. Na reta final, Erika se recuperou e teve boas atuações novamente, fechando a temporada regular com ótimas médias de 14,1 pontos e 8,7 rebotes.

Erika segue como uma das melhores pivôs do mundo, em nível bem próximo de Tina Charles, Sylvia Fowles e Brittney Griner. Qualquer uma das quatro pode ser considerada a melhor do mundo na posição cinco, depende do momento de cada uma.

Em seu primeiro ano no exterior, Nádia teve um caminho mais complicado para conquistar espaço na rotação da equipe de Atlanta. A novata brasileira não entrou em quadra por opção técnica, em dezesseis dos trinta e dois jogos da temporada, mas aos poucos, ela foi ganhando seu espaço no time e nas últimas nove rodadas, passou a participar de forma efetiva da rotação em todos os jogos.

No dia 13 de agosto, ela alcançou a melhor marca até agora em sua curta carreira na liga, com 8 pontos e 2 rebotes, em 8 minutos. Na última rodada, ficou em quadra 23 minutos, a maior participação numa partida em seu ano de estreia. Até o momento, Nádia possui 2,8 pontos e 1,5 rebotes de média.

Damiris viveu uma situação oposta em Minnesota. Com a ausência de Rebekkah Brunson e Devereaux Peters, afastadas por contusão, a jovem ala/pivô brasileira ganhou a posição de titular na equipe campeã de 2013 e pôde atuar por  mais de 25 minutos por jogo em diversas partidas.

Seu início foi surpreendente, atingindo a melhor marca na temporada com 17 pontos e 5 rebotes em 13 de maio. Após algumas rodadas, porém, seu rendimento começou a oscilar muito. Mesmo com bom tempo de quadra, Damiris registrou 6 pontos ou menos em dezesseis jogos.

A partir da volta da titular Rebekkah Brunson e da total recuperação física de Devereaux Peters, a novata brasileira viu seu tempo de quadra minguar, ficando de fora de algumas partidas por opção de sua treinadora em alguns jogos.

Nas últimas três rodadas, voltou ao Brasil para resolver problemas pessoais e é aguardada de volta pela equipe para o início dos playoffs.

Apesar das oscilações, Damiris segue muito elogiada pela imprensa local, pela comissão técnica e é vista pela diretoria da franquia como uma das principais apostas para o futuro do time. Ela fechou a temporada regular com médias de 6 pontos e 5 rebotes.

O saldo da temporada das três brasileiras na WNBA é extremamente positivo, o que aumenta as expectativas para um bom desempenho do Brasil no Mundial da Turquia, em pouco mais de um mês.

Na seleção brasileira, Erika, Nádia, Damiris, juntamente com Clarissa formarão um dos melhores garrafões do mundo. Que a nossa comissão técnica saiba se utilizar do que temos de melhor, desenhando jogadas inteligentes para aproveitar o potencial de nossas pivôs e fazendo com que a bola chegue com eficiência em nosso garrafão, que é com certeza, o ponto mais forte da equipe.

14 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns meninas. Só o fato de estarem na melhor liga do mundo, todas estão aprendendo muito e o nível técnico de cada uma melhora a cada dia, enfrentando as melhores atletas do mundo várias vezes por ano e sendo treinadas pelos melhores técnicos do mundo. O basquete brasileiro só tem a ganhar com isso.

Anônimo disse...

Vai chegar o dia em que Damiris jogue como no mundial juvenil (MVP 22 pontos / 12 rebotes). Apesar dela já ter 23 anos e quatro anos de seleção adulta, esse dia ainda não chegou.

RODRIGO disse...

Então falo novamente foi produtivo sim a carreira das atletas na W, mas uma coisa me chama atenção

só teremos elas com referencia ainda ????????n lá fora ??? e todas jogando no Brasil cade o intercambio ???? " logico fora a Erika " estou vendo que daqui mais uns 3 ou 4 anos não termos jogadoras para o mercado internacional, porque não vejo padrão e nem fundamentos nas demais que estão jogando aqui no Brasil

Anônimo disse...

Esse melhor garrafão do mundo,por enquanto é pura teoria.Temos que mostrar isso nos jogos.Tomara que aconteça.

Anônimo disse...

Teremos um garrafao muito forte, Clarissa, Nadia, Erika e Damiris, e tenho certeza que o jogo sera concentrado somente nas pivos o que é preocupante, Damiris deveria ser mais trabalhada como ala assim teriamos um time mais completo e forte.
Adrianinha
Tatiane
Damiris
Clarissa
Erika

Anônimo disse...

Damiris tem 21 anos....
Idade para estar no ultimo ano da universidade americana.

Anônimo disse...

Melhor garrafão????????????
De onde mesmo.....

Anônimo disse...

Sinto muito de desapontar anônimo das 23:23, mas Damiris é nascida em 1992, mesmo ano em que nasceu várias meninas que já estão brilhando de verdade na WNBA: Chiney Ogwumike (15,5 pontos e 8,6 rebotes), Odyssey Sims (16,7 pontos e 4,2 assistências), Kayla McBride (13 pontos e 2,3 rebotes), Bria Hartley (10 pontos, 3 rebotes e 2 assistências), Alyssa Thomas (10 pontos e 5 rebotes) e Shoni Schimmel "apenas" MVP do Jogo das Estrelas com 29 pontos e 8 rebotes, "apenas" a melhor performance de todos os tempos. Tem ainda a belga Emma Meesseman, que é um ano mais nova (1993) e já brilha intensamente desde o ano passado (10 pontos, 6,4 rebotes e 2,5 assistências em 2014).
Gosto da Damiris e torço por ela, mas nem por isso vou forçar a barra.

Anônimo disse...

Anônimo das 13:33: Você é o Tarallo?

Anônimo disse...

Para quem não acha o nosso garrafão isso tudo, uma pergunta: Que outro país tem três pivôs jogando na WNBA + uma MVP em liga nacional e campeonato de seleções? Depois de Estados Unidos e Austrália, o nosso garrafão é o terceiro melhor do mundo. Se tivéssemos alas no mesmo nível estaríamos disputando medalha no próximo Mundial, por isso acho que valeria a pena insistir com Iziane e conversar com uma ótima ala norte-americana para naturalização. O impacto positivo de uma medalha num Mundial ou Olimpíada traria benefícios fantásticos para o basquete feminino brasileiro e isso não deveria ser desprezado.

Anônimo disse...

Anonimo das 12:54:
Nao sou Tarallo nao, porem tenho minhas opinioes, entao vamos la...
Qual sua sugestao para o time?
Cite uma selecao fora os USA, que tenha pelo menos 3 pivos que jogam na WNBA e que uma delas é uma das melhores do mundo?
Anonimo das 13:01
Concordo plenamente com vc!!!!

Anônimo disse...

Anônimo, se uma atleta joga a vida inteira de pivô não tem como "transformá-la" em ala com um ou dois meses de treinamento. Já vimos que não dá certo e achei que só o Tarallo pensasse o contrário. Minha sugestão é Clarissa e Erika titulares. Damiris e Nádia reservas. Variando as duplas de pivôs. Nas alas, colocaria Karla e Iziane. Com Jaqueline, Pat e Joice de reservas.

Anônimo disse...

Anônimo Anônimo disse...
Anônimo das 13:33: Você é o Tarallo?

20/08/14 12:54

Morri contigo man, post mais quero descontrair nesse blog.

Anônimo disse...

Anonimo das 16:26,
Não disse que Damiris deveria ser transformada em ala em apenas 2 meses, e sim mais trabalhada daqui pra frente porque ela ainda é muito nova, e poderia ser mais trabalhada nessa posição.
Concordo com vc que as alas deveriam ser Karla e Iziane, mas a realidade é outra, tem que trabalhar com o que tem e da melhor forma, infelismente esse processo de renovação veio em uma hora errada, acho que o basquete precisa de um resultado pra alavancar a modalidade novamente no Brasil, e esta seria a grande oportunidade de isso acontecer nesse mundial com Erika, Clarissa, Iziane, Karla e etc...
Acho que as opiniões aqui deveriam ser respeitadas e debatidas com sensatez o que não acontece.
Obs: Não sou o Tarallo.....rs